No último sábado, dia 27, integrantes do Núcleo de Jovens Empreendedores da Associação Empresarial de Fraiburgo (ACIAF), estiveram participando do Feirão do Imposto. A iniciativa foi desenvolvida de forma regional em Videira, mobilizando núcleos de diversas cidades da região. O tempo chuvoso atrapalhou um pouco o objetivo, mas a meta foi atingida.Segundo a consultora, Luiza Bernardi Buhl, a integração foi positiva. “A campanha é realizada anualmente e a mobilização regional dá um impacto positivo, além de ser um importante momento de socialização e integração” afirmou.A iniciativa foi desenvolvida no Largo da Estação Ferroviária de Videira, durante o período da manhã. Nucleados estiveram com a camiseta e balões do feirão, bem como, com banners e cartazes alertando sobre a carga tributária existente em diversos produtos adquiridos. Um carrinho de supermercado foi utilizado para ilustrar essa situação.Com o tema “Chega de Mão Grande”, o Feirão do Imposto esteve na 15ª edição em 2017 e alerta contra a corrupção e a favor do retorno dos impostos. Atualmente, o Feirão do Imposto é realizado pela Conaje, em parceria com os movimentos de jovens empreendedores e empresários nos estados e municípios, com o Observatório Social do Brasil.Situação no BrasilSegundo a Organização de Transparência Internacional, o Brasil piorou três posições no ranking sobre a percepção da corrupção no mundo em 2015, ficando na 79ª posição entre 176 países, ao lado de China, Índia e Bielorússia. O estudo leva em conta outros 13 levantamentos relacionados a corrupção realizados por instituições como Banco Mundial, World Justice Project e Global Insight.A corrupção interfere no retorno dos impostos em benefícios para a sociedade, porque retira investimentos em áreas essenciais como saúde, segurança e educação. De acordo com a Organização das Nações Unidas, estima-se que, aproximadamente, R$ 200 bilhões são desviados no Brasil, por ano. Este valor significa três vezes o orçamento da saúde ou educação, e cinco vezes o orçamento da segurança pública. A corrupção também afeta a competitividade das empresas, sendo que o Brasil perdeu mais seis posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 81ª colocação em 2016. O ranking avalia 138 países e foi divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). O levantamento é um termômetro do nível de produtividade e das condições oferecidas pelos países para gerar oportunidades e para que as empresas possam obter sucesso. Além disso, a corrupção atrapalha o desenvolvimento econômico e social. Pesquisas revelam que quanto maior o índice de corrupção, maior será a desigualdade e menor será o desenvolvimento.