A Sala de Emprego dessa segunda-feira (26) fala sobre duas formas de empreendedorismo que têm gerado bons resultados para os empresários: as franquias e as vendas pela internet.
Em 2011, o Brasil tinha 23 mil lojas virtuais de pequeno e médio porte e a previsão da Associação de Comércio Online é chegar a 45 mil este ano. O Mercado Livre, uma das maiores páginas de compra e venda pela internet do mundo, tem sede em São Paulo e conta com sete milhões de vendedores. “Nós temos aqui anúncios gratuitos, que você só paga se você realmente vender, e anúncios sofisticados, que você paga uma tarifa de anúncio e uma taxa de comissão”, explica Helisson Lemos, diretor geral da empresa.
Criada há 15 anos, a página é acessada em 13 países, incluindo o Brasil, e funciona como uma hospedagem: pessoas físicas ou empresas anunciam os produtos. “Há casos de sucesso de pessoas que começaram vendendo como eu e como você e tiveram sucesso, montaram sua empresa e hoje tem 200 funcionários vendendo no Brasil e até em outros países”, afirma Helisson.
O e-commerce, como é chamado o comércio online, cresce em um ritmo intenso no Brasil. No ano passado, faturou quase R$ 5 bilhões, 175% a mais do que em 2012. Até 2016, o objetivo é ultrapassar os R$ 13,5.
De olho nessa expansão, o administrador Pedro Romi e o engenheiro Caio Sagae deixaram o mercado financeiro e há um ano compram roupas infantis usadas e revendem pela internet. “O e-commerce é muito bom por causa do alcance, então essa é a grande vantagem que a gente vê de não ser um brechó em uma cidade que vai ter um alcance limitado e sim ter um alcance nacional”, analisa Pedro.
Franquias
Outra forma de empreendedorismo que tem atraído investidores são as franquias. Em 2013, mais de duas mil unidades foram abertas em centros comerciais de todo o país, segundo a Associação Brasileira de Franchising.
As franquias criaram 88 mil novos postos de trabalho no ano passado. O setor tem sido uma oportunidade para quem busca o primeiro emprego e para os jovens que querem abrir a própria empresa.
Fabiana Batista Florença tem 29 anos e sempre trabalhou como vendedora e agora tem sua primeira experiência como proprietária de uma franquia: “Escolhi o ramo de alimentação pelo seguinte: é uma área que nunca entra em crise, porque as pessoas deixam de fazer tudo, menos de se alimentar”. Os quiosques registraram no ano passado crescimento de quase 20%, com destaque para alimentação.
Já as irmãs Eliza e Laura de Carvalho decidiram investir em outro tipo de franquia. Elas eram professoras de inglês e estão aplicando a experiência do passado na escola de idiomas que elas abriram: “Começar um novo negócio exige um pouco de coragem nesse sentido e agora a gente está começando a ficar mais tranquila. porque no inicio foi muito medo. Mas a gente está crescendo de uma maneira satisfatório para nossa expectativa”.